terça-feira, 29 de novembro de 2011

Arália-japonesa

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  • Nome Científico: Fatsia japonica
  • Sinonímia: Aralia sieboldii, Aralia japonica, Fatsia sieboldii
  • Nome Popular: Arália-japonesa, Fátsia, Arália
  • Família: Araliaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: China e Japão
  • Ciclo de Vida: Perene

A arália-japonesa é um planta arbustiva, de folhagem decorativa, que chama a atenção por ser uma das poucas espécies arbustivas próprias para locais semi-sombreados. Seu caule é ereto, de textura semi-lenhosa, com ramagem esparsa e crescimento rápido. Quando cultivada ao ar livre é capaz de alcançar quatro metros de altura e largura, envasada no entanto, geralmente não ultrapassa um metro. Suas folhas são grandes, profundamente lobadas, palmadas, de cor verde-escura, com margens denteadas e muito brilhantes. As inflorescências surgem no outono e inverno, são do tipo umbela, terminais, com numerosas flores brancas e pequenas, de importância ornamental secundária. Os frutos são pequenos, globosos e negros.

A arália-japonesa é uma planta de folhagem vistosa e aspecto tropical, que facilmente pode ser contrastada com outras plantas de texturas e cores diferentes, criando efeitos paisagísticos interessantes em locais semi-sombreados do jardim. Além disso é uma excelente folhagem para interiores bem iluminados, quando plantada em vasos grandes. Ocorrem ainda outras duas variedades da planta: Uma de crescimento compacto, a "Moseri", e outra com folhas variegadas de creme ou branco, a "Variegata".

Deve ser cultivada sob meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Apesar do aspecto delicado, a arália-japonesa é uma planta bastante rústica. Prefere o clima subtropical, sendo tolerante ao frio, geadas leves e à salinidade de regiões litorâneas. Não resiste ao sol forte do meio-dia, sofrendo queimaduras nas folhas. Em invernos rigorosos deve ser protegida por lonas ou levada para estufas. Exige pouca manutenção, que se restringe à fertilização durante o crescimento e podas para controle e renovação da folhagem. Multiplica-se por sementes, alporquia e estaquia dos ramos.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pé-de-papagaio

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  • Nome Científico: Eleusine indica
  • Sinonímia: Cynosuros indicus, Eleusine gracilis, Eleusine domingensis, Cynodon indicus, Chloris repens, Eleusine glabra, Eleusine indica var major, Eleusine distans, Eleusine scabra, Eleusine textilis
  • Nome Popular: Pé-de-galinha, capim-pé-de-galinha, capim-de-coroa-d’ouro, capim-de-pomar, capim-d’ouro, pata-de-galinha, capim-da-cidade, capim-de-burro, grama-de-coradouro, grama-sapo, pé-de-papagaio, capim-fubá, flor-de-grama
  • Família: Poaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: Ásia
  • Ciclo de Vida: Anual

Desenvolve-se bem em qualquer tipo desolo, sendo presença marcante em beiras de estradas e terrenos baldios além de infestar diversas culturas. Relativamente resistente à seca e a alta umidade. Dissemina-se principalmente por ação de animais, visto que suas sementes não são digeridas. Hoje está distribuída pelas regiões tropicais, subtropicais e temperadas do mundo. No Brasil é encontrada em todo o território, sendo comum no sul, sudeste, centro-oeste e terras firmes da região Amazônica.

O capim-pé-de-galinha tem grande plasticidade, suas sementes germinam em qualquer época do ano, porém no inverno o crescimento é mais lento embora a produção de sementes seja igualmente elevada. Existem casos de resistência a certos herbicidas no centro-oeste para essa espécie.

sábado, 26 de novembro de 2011

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  • Nome Científico: Caesalpinia echinata
  • Sinonímia: Guilandina echinata
  • Nome Popular: Pau-brasil, brasileto, ibirapitanga, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitã, muirapiranga, imirá piranga, orabutã, arabutá, sapão, pau-de-pernambuco, pau-de-tinta, pau-pernambuco, pau-rosado, pau-vermelho
  • Família: Fabaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: Brasil
  • Ciclo de Vida: Perene

Árvore símbolo do Brasil, o pau-brasil é uma leguminosa nativa da Mata Atlântica. Ela apresenta tronco de casca acinzentada e recoberta de grossos acúleos, que descama em placas irregulares deixando ver a casca interna de coloração avermelhada.

As folhas são bipinadas, com 5 a 6 pares de folíolos e 6 a 10 pares de folíolos secundários. As inflorescências terminais, são compostas de numerosas florescom quatro pétalas amarelas e uma central modificada, de coloração vermelha. Após a floração, que ocorre na primavera, surgem os frutos do tipo vagem, deiscentes, recobertos por numerosos acúleos e carregam de 1 a 5 sementes marrons e discóides.

Atualmente o pau-brasil é uma espécie ameaçada de extinção, que é dificilmente encontrada em seu habitat natural. Esta escassez se deve à intensa exploração que sofreu no passado, quando sua madeira era utilizada para extração de corantes. Apesar disso está sendo largamente utilizada no paisagismo urbano, devido às suas qualidades ornamentais, e é comum sua aplicação em parques públicos e amplos jardins residenciais.

De crescimento lento, pode atingir 30 metros de altura e 60 centímetros de diâmetro de tronco. O pau-brasil apresenta madeira de excelente qualidade, dura, compacta, vermelha e muito resistente, apropriada para a construçãonaval, indústria moveleira e de intrumentos musicais. Ainda hoje ela é utilizada para confecção arcos de violinos.

Deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e muito bem drenado. Durante o primeiro ano recomenda-se a proteção da muda, em local semi-sombreado. Adubações anuais estimulam uma intensa floração. Multiplica-se por sementes, que germinam com facilidade, não sendo necessária a quebra de dormência

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pata-de-elefante

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  • Nome Científico: Beaucarnea recurvata
  • Sinonímia: Beaucarnea tuberculata, Nolina recurvata, Nolina tuberculata
  • Nome Popular: Pata-de-elefante, nolina, biucarnea
  • Família: Ruscaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: México
  • Ciclo de Vida: Perene

A pata-de-elefante é uma planta arbustiva, de textura semi-lenhosa e aspecto escultural. Apesar de se assemelhar com as palmeiras, a pata-de-elefante não é uma palmeira verdadeira. Ela é considerada um arbusto ou arvoreta, que pode alcançar cerca de 5 metros de altura quando adulta. Seu tronco é muito ornamental, geralmente único com a base dilatada, para o armazenamento de água. Uma adaptação para sobreviver por longos períodos de estiagem.

Suas folhas são muito belas também, com um aspecto de cabeleira, dispostas em densos tufos nas extremidades dos ramos. Elas são coriáceas, achatadas, longas e recurvadas, com margens ásperas. As flores somente são produzidas nos exemplares mais velhos, já arbóreos. Elas despontam em inflorescências longas e eretas, com numerosas flores pequenas e esbranquiçadas. Ocorrem plantas fêmeas e plantas machos (espécie dióica).

As patas-de-elefante fazem muito sucesso no paisagismo, criando pontos de destaque no jardim. Sua beleza imponente e escultural pode ser valorizada isolada ou em pequenos grupos. Encaixa-se perfeitamente em jardins contemporâneos, de inspiração desértica ou tropicais. Devido ao lento crescimento, também é muito explorada como planta envasada, enquanto é jovem, para decoração de interiores, pátios, sacadas e varandas. É uma planta que praticamente não exige manutenção, mas que alcança altos valores no mercado de plantas ornamentais.

Deve ser cultivada sob sol pleno, meia-sombra ou luz difusa, em solo fértil, bem drenável e irrigado a intervalos bem espaçados, para evitar o apodrecimento das raízes. É muito rústica, tolerando o calor e o frio, não suportando apenas o encharcamento. Multiplica-se por estaquia e por sementes produzidas apenas nas plantas fêmeas.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Abélia-da-china

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  • Nome Científico: Abelia x grandiflora
  • Sinonímia: Abelia rupestris, Linnaeae pringiana, Linnaeae spaethiana
  • Nome Popular: Abélia, Abélia-da-china
  • Família: Caprifoliaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: China
  • Ciclo de Vida: Perene

A abélia é um arbusto muito florífero, bastante ramificado excelente para a formação de cercas vivas e renques junto a muros, além de ser facilmente conduzido como trepadeira sobre caramanchões, podendo alcançar 2-3 metros de altura. Originou-se da hibridização de A. chinensis e A. uniflora. Produz numerosas flores brancas e rosadas durante todo verão e outono. As podas não prejudicam a floração. Ocorre uma cultivar de folhas variegadas.

Devem ser cultivadas a pleno sol em solo fértil, com regas regulares. Pode ser cultivada em todo o país, tolerando o frio e o calor. Multiplica-se por estacas.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Telópea

Telópea, Telopea speciosissima, Embothrium speciosissimum, Embothrium speciosissimum, Hylogyne speciosa, , Waratah

Foto: Casliber

  • Nome Científico: Telopea speciosissima
  • Sinonímia: Embothrium speciosissimum, Embothrium speciosissimum, Hylogyne speciosa
  • Nome Popular: Telópea, Waratah
  • Família: Proteaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: Austrália
  • Ciclo de Vida: Perene

A Telópea ou Waratah é uma planta arbustiva, lenhosa, que alcança de 3 a 4 metros de altura. Ela ocorre naturalmente nas florestas com solo arenoso da região de Nova Gales do Sul. Possui lignotúber, uma estrutura de reserva e brotação localizada no colo da planta, subterrâneo, que permite seu rebrote após um incêndio florestal, comum em seu habitat. Seu caule é pouco ramificado, podendo apresentar uma haste única ou mais ramos, também pouco ramificados. As folhas são elípticas a espatuladas, verde-escuras, coriáceas, rígidas, alternadas, com a nervura central bem marcada e margens denteadas.

As inflorescências da telópea surgem na primavera. Elas são terminais, grandes e globosas, formadas por um disco floral de até 15 cm, com numerosas flores vermelhas, coroado por brácteas também vermelhas. Suas flores são atrativas para os beija-flores. Atualmente, há diferentes cultivares de telópeas, mais adaptadas ao clima frio, à sombra, com florescimento mais precoce ou com flores amarelas, champagne, róseas ou brancas, entre outras características. Elas são cultivadas principalmente como flor-de-corte, para a confecção de arranjos florais e buquês.

Apesar de serem difíceis de cultivar no jardim, os jardineiros mais experientes podem se aventurar cultivando telópeas de forma isolada, como destaque, ou em pequenos grupos, em locais abertos ou sob a copa rala de árvores, com sombreamento de no máximo 30%. Curiosidade: A Waratah é o emblema floral oficial de Nova Gales do Sul.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo profundo, arenoso, enriquecido com matéria orgânica e irrigado a intervalos regulares. Apesar de tolerar a sombra das árvores, ela floresce melhor sob sol pleno. Planta suscetível a pragas e doenças. Podas drásticas nesta espécie, ajudam a controlar pragas e doenças e provocam renovação da folhagem e florescimento. Aplicar apenas fertilizantes de liberação lenta. Planta originária de clima subtropical, não tolera frio intenso ou ventos fortes. Multiplica-se por sementes, mas mais comumente por estaquia, para manter as características da cultivar mãe.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Crista-de-peru

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  • Nome Científico: Acalypha wilkesiana
  • Sinonímia: Acalypha amentacea
  • Nome Popular: Crista-de-peru, Acalifa, Rabo-de-macaco
  • Família: Euphorbiaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: Ihas do Pacífico
  • Ciclo de Vida: Perene

Arbusto de folhagem muito ornamental, a crista-de-peru é batante rústica e muito utilizada em jardins públicos e residenciais que exigem pouca manutenção. Seu aspecto é bem denso e tropical, as folhas são brilhantes, macias e com bordas serrilhadas. Há diversas variedades disponíveis, com diferentes cores e formas, que podem ser marrons, vermelhas, verdes, manchadas ou com bordas descoloridas, lisas ou retorcidas. As inflorescências são discretas e alongadas e têm pouca importância ornamental.

Devem ser cultivadas a pleno sol, em solo fértil enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares. Como seu porte é grande (1,5 a 3,0 m), presta-se muito bem como renque, isolada ou em grupos e conjuntos, criandocontrastes bonitos com outras plantas. Não tolera o geadas. Mutiplica-se por estaquia.

domingo, 20 de novembro de 2011

Caramujo-africano

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  • Nome Popular Caramujo-africano, acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano, rainha-da-áfrica, falso-escargot
  • Nome Científico: Achatina fulica
  • Família: Helicidae
  • Filo: Mollusca
  • Partes Afetadas: Folhas, flores, frutos, caule
  • Sintomas: Partes das plantas roídas, rastros de secreção sobre as plantas e vasos

O caramujo-africano é uma espécie considerada praga em diversos países no mundo todo. Foi introduzido ilegalmente no Brasil na década de 80, com o intuito de oferecer um susbtituto mais interessante economicamente e de maior peso que o escargot verdadeiro (Helix aspersa). Em pouco tempo decriação se verificou que o animal não tinha boa aceitação pelo mercado consumidor brasileiro, o que provocou a desistência da maioria dos criadores, que se desfizeram dos animais de forma errônea: liberando os caramujos em jardins, matas ou simplesmente colocando-os no lixo.

Estes caramujos não encontraram predadores naturais à sua altura e se multiplicaram rapidamente, invadindo diversos tipos de ecossistemas brasileiros. Como são hermafroditas (possuem os dois sexos em um mesmo animal) e realizam a autofecundação, basta apenas um indivíduo para que a praga se alastre, afinal são cerca de 400 ovos ano ao por caramujo.

O caramujo-africano é um molusco grande e escuro, com até 15 cm de comprimento e 200 gramas de peso. Sua concha é alongada e cônica, com manchas claras. Ele não deve ser confundido com os moluscos brasileiros. Os nativos aruás-do-mato (Megalobulimus sp) têm importante papel ecológico, além de servirem de alimento e como matéria prima no artesanato dos índios. Eles têm a borda da abertura da concha espessa, enquanto que o caramujo-africano tem esta borda cortante.

Os caramujos-africanos são conhecidos por serem hospedeiros de duas espécies de verminoses que acometem os seres humanos. A angiostrongilíase meningoencefálica, causada pelo Angiostrongylus cantonensis e angiostrongilíase abdominal, cujo agente é o Angiostrongylus costaricensis. Apesar da angiostrongilíase abdominal ser ocasionalmente diagnosticada no Brasil, geralmente ela está relacionada com outros hospedeiros, entre caracóis e lesmas, que não incluem o caramujo-africano. No entanto, estas doenças são bons argumentos para que o controle do caramujo-africano seja mais efetivo.

A invasão do caramujo-africano é atualmente muito mais relevante no aspecto ecológico do que no agrícola ou sanitário. Este caramujo está invadindo ecossistemas e ocupando um lugar que não é seu. Reduzindo assim a diversidade de espécies. Além de devorar folhas, flores e frutos, causando um enorme estrago em plantas de importância agrícola, ornamental e ecológica ele também é canibal, alimentando-se de ovos e jovens caracóis de sua mesma espécie, como forma de obter cálcio para sua concha em ambientes com escassez deste elemento.

Este caramujo é resistente a períodos de seca, além de ser bastante ativo no inverno. Como outros caracóis, ele aprecia a umidade e a sombra, se locomovendo e se alimentando mais à noite e em dias nublados e chuvosos. É capaz de escalar muros e árvores e desta forma transpor de um terreno a outro.

Ao se depararem com infestações de caramujo-africano, as pessoas logo pensam em venenos para controlá-los. Infelizmente os caracóis e lesmas em geral são muito resistentes a venenos e os únicos produtos comerciais disponíveis que se mostram um pouco eficientes (metaldeídos), demonstram elevada toxicidade para os seres humanos e outros animais, de forma que a utilização de pesticidas não é o método de controle atual mais indicado para estes moluscos.

A pesquisas de substâncias eficientes têm se revelado muito importantes neste sentido. A cafeína por exemplo, estudada pelos americanos Robert Hollingsworth, Jonhn Armstrong e Earl Campbel apresenta resultados interessantes. Assim como o látex da coroa-de-cristo (Euphorbia splendens hislopii), que está sendo testado no combate ao caramujo-gigante-africano pela equipe coordenada pelo pesquisador Maurício Vasconcellos.

O controle do caramujo-africano consiste na catação e destruição dos caramujos. Jamais coloque-os no lixo, pois estará disseminando o problema. Também não coloque sal nos animais pois assim contaminará o solo. O preconizado é o seguinte:

  • Utilize luvas descartáveis para pegar e manusear os animais
  • Proteja a pele e as mucosas: não coma, fume ou beba durante o manuseio do caramujo
  • Coloque os caramujos em dois sacos plásticos e quebre suas conchas, pisando em cima
  • Enterre-os em valas com pelo menos 80 cm de profundidade, longe de cisternas, poços artesianos ou do lençol freático
  • Aplique cal virgem sobre os caramujos quebrados (cuidado, a cal queima a pele)
  • Feche a vala com terra
  • Retire as luvas e lave muito bem as mãos após isso

É possível também utilizar iscas atrativas, que facilitam a catação. Papas de farelo de trigo com cerveja atraem caramujos a metros de distânica. Cascas de frutas e legumes, estopas embebidas em cerveja ou leite, assim como simples pedaços podres de madeira que lhes servem de abrigo. Verifique as iscas diariamente e não esqueça de protegê-las da chuva e do sol. Coloque-as em locais úmidos e frescos. Preferencialmente sobre a terra. Manter o jardim limpo de folhas mortas e frutos caídos também irá afastar os bichos, e desta forma ainda estará prevenindo outras doenças e pragas, como podridões de origem fúngica e bacteriana, moscas-das-frutas, etc. Não esqueça: as pragas só vivem e se multiplicam onde lhes é oferecido abrigo, comida e água.

sábado, 19 de novembro de 2011

junípero-chinês

Kaizuka, Juniperus chinensis torulosa, Juniperus chinensis 'Kaizuka', , Caizuca, cipreste-kaizuka, junípero-chinês
  • Nome Científico: Juniperus chinensis torulosa
  • Sinonímia: Juniperus chinensis 'Kaizuka'
  • Nome Popular: Kaizuka, Caizuca, cipreste-kaizuka, junípero-chinês
  • Família: Cupressaceae
  • Divisão: Gimnospermae
  • Origem: China e Japão
  • Ciclo de Vida: Perene

O Kaizuka é uma pequena árvore de forma cônica ou colunar e de aspecto escultural e muito decorativo. Seus ramos são ramificados e compactos, com folhas pequenas e comprimidas, que lhe conferem uma textura bastante densa. Este cipreste ainda tem uma particularidade que encanta, suas formas espiraladas e retorcidas lembram um suspiro de confeitaria, caprichosamente esculpido. As folhas jovens, das pontas dos ramos, são alongadas, em forma de agulha e as adultas são escamosas, todas de coloração verde escura e brilhante.

Este cipreste aristocrático e charmoso é apropriado para jardins de estilo europeu e oriental. Suas formas esculturais são muito valorizadas quando plantado isolado e livre de podas, podendo alcançar 5 metros. Também presta-se para o cultivo em renques, formando belas cercas-vivas topiadas ou não, com excelente capacidade de isolar o jardim do pó e do ruído das ruas. De crescimento lento a moderado, adapta-se muito bem à vasos, inclusive é bastante utilizado na arte do bonsai.

Devem ser cultivados sob pleno sol em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares. É tolerante à salinidade e após estabelecido torna-se tolerante a seca. Originário de clima temperado, o kaizuka no entanto adapta-se muito bem ao clima subtropical ou mediterrâneo e é capaz de tolerar o clima tropical, desde que fique longe de locais úmidos. Multiplica-se por estacas das pontas dos ramos.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Capuz-de-freira

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  • Nome Científico: Phaius tankervilleae
  • Sinonímia: Bletia incarvillei, Bletia tankervilleae, Calanthe bachmaensis, Calanthe speciosa, Dendrobium veratrifolium, Limodorum incarvilliae, Limodorum spectabile, Limodorum tankervilleae, Pachyne spectabilis, Phaius australis, Phaius bernaysii, Phaius bicolor, Phaius blumei, Phaius carroni, Phaius giganteus, Phaius grandifolius, Phaius incarvillei, Phaius leucophaeus, Phaius mannii, Phaius oweniae, Phaius roeblingii, Phaius tenuis, Phaius veratrifolius, Tankervillia cantoniensis, Phaius tancarvilliae, Phaius tankervilliae, Limodorum tancarvilleae
  • Nome Popular: Capuz-de-freira, Freirinha, Orquídea-da-terra, Orquídea-terrestre, Faio
  • Família: Orchidaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: Austrália, Indonésia, Malásia, China e Tailândia
  • Ciclo de Vida: Perene

O capuz-de-freira é uma orquídea terrestre, nativa de regiões tropicais da Ásia e Oceania, em locais de até 1300 metros de altitude, pantanosos e úmidos. Ela apresenta pseudobulbos cônicos a ovais, envoltos desde a base pelas bainhas foliares. As folhas são elíptico-lanceoladas, acuminadas, plissadas, coriáceas, grandes e em número de 3 a 4 por pseudobulbo. As inflorescências são altas, chegando a 1,8 metros de altura, eretas, basais, do tipo rácemo e com numerosas flores que se abrem sucessivamente de baixo para cima. As flores são perfumadas, duradouras, de cor marrom-terrosa, com o verso branco, e labelo cônico, rosa escuro. Há também uma variedade 'Alba', com a flor amarelo-esverdeada e o labelo branco.

O capuz-de-freira é umas das orquídeas terrestres mais fáceis de cultivar. Ela é muito rústica, de crescimento rápido a moderado e floração abundante. Suafolhagem é decorativa também, formando touceiras que prestam-se para plantios isolados, bordaduras e maciços, valorizando jardins tropicais. Esta orquídea também pode ser plantada em vasos, preferencialmente largos e de pouca profundidade, e desta forma é própria para adornar interiores bem iluminados, varandas e pátios.

Deve ser cultivada sob meia-sombra ou luz difusa, em substrato humoso, composto por terra comum, terra vegetal e material fibroso, como casca de pinus ou côco, mantido úmido, mas sem encharcamento. A porcentagem de sombreamento para esta espécie é de 30%. Não tolera o frio intenso ou geadas (manter acima de 5ºC). Aprecia adubações freqüentes durante o período de crescimento vegetativo e floração. Multiplica-se por separação dos pseudobulbos, sementes e estaquia do pendão floral (após a floração).